Museu Imaginário

O livro-objeto "Museu imaginário" foi desenvolvido com o intuito de, simultaneamente, mostrar aspectos importantes da minha constituição identitária profissional e apontar elos com a pesquisa sobre reelaborações de memórias de infância.

O livro não tem uma sequencialidade, nem tampouco pode ser folheado como um livro convencional. Ele é formado por oito pequenas caixas de madeira que se abrem com uma tampa de puxar, remetendo aos antigos estojos escolares ou mesmo às caixas de jogos. O livro ou a caixa em si representam um arquivo com a função de guardar algo, neste caso, objetos pessoais e memórias que me constituem enquanto sujeito e constituem o trabalho poético. As oito caixas unem-se formando uma única caixa em forma retangular. São quatro caixas na parte inferior e quatro na parte superior, fixadas em um dos lados por dobradiças feitas de papel e tecido, possibilitando a mobilidade entre elas. Dentro de cada caixa encontram-se objetos pessoais, como papéis de carta, pequenas esculturas de ferro, fotografias, gravuras e matrizes de metal. Cada objeto tem um significado próprio e representam diferentes momentos da minha vida.

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Texto retirado da Dissertação "Memórias de Infância: pesquisa poética em artes visuais", pág 61. Autora Aline Arend.